Um botão
PUSH, O PROTAGONISTA DE BUENOS AIRES
Dentro do possível, e em justa proporção, os responsáveis pela transmissão da Stock Car no YOUTUBE foram ouvindo as partes (não todas) e foram justificando a punição que tirou a vitória de Arthur Leist na corrida 1, no sábado. — “Coisa de corrida”, foi a frase mais repetida, uma hora antes da largada no domingo.
— Não, não foi coisa de corrida, repetimos e são sim, outras coisas que estão em jogo para a manutenção da hegemonia da mais importante categoria do automobilismo, na atualidade no Brasil.
O encerramento da apresentação da Stock Car, em Buenos Aires, neste domingo (6), ficou mais uma vez marcado por um acessório que desequilibra a competição, anula a vantagem, aniquila com o adversário e oferece um artifício desigual nas provas. O Push, esse botão de potência, que quando acionado joga mais velocidade sobre as rodas e decide as corridas.
Foi assim que Gabriel Casagrande venceu Tiago Camilo na corrida 2. Um acionamento extra, guardado de forma inteligente pelo campeão para utilização na última volta. Quando a luz verde acendeu, Casagrande liquidou com qualquer defesa e correu para ver a bandeira quadriculada.
Casagrande não pode ser condenado por isso, nem tão pouco punido, por utilizar um push extra, utilizado contra um adversário desarmado. Está tudo correto. Vence aquele que melhor utiliza o push. O que está errado é a existência do push e de outros artifícios nas corridas de automóvel.
Como vovô já dizia — um carro com 4 rodas, um motor, (V8 ou V10 aspirado), uma caixa de câmbio, um banco com cinto, proteções e um piloto agarrado ao volante, deveria ser suficiente para encher os autódromos. Já foi assim no passado, e ainda é em algumas modalidades.
Todo o resto, carrocerias imitando modelos atuais, tecnologias, turbo, e push, só alimentam uma parte do negócio. O automobilismo que realmente emociona, que tira os fãs de casa e os leva aos autódromos, está ausente e sem perspectivas.
E então, o que temos para o futuro?
RESULTADO FINAL
Etapa 9, Buenos Aires
Corrida principal (domingo,06)
1º - Gabriel Casagrande, 32 voltas em 41min38s842
2º - Thiago Camilo a 1s007
3º - Felipe Massa a 4s436
4º - Bruno Baptista a 7s200
5º - Ricardo Maurício a 7s941
6º - Felipe Fraga a 13s383
7º - Cesar Ramos a 17s609
8º - Enzo Elias a 18s110
9º - Gaetano Di Mauro a 19s629
10º - Ricardo Zonta a 21s340
11º - Júlio Campos a 24s769
12º - Rubens Barrichello a 26s006
13º - Arthur Leist a 26s637
14º - Marcos Gomes a 28s785
15º - Lucas Foresti a 33s941
16º - Vitor Baptista a 37s375
17º - Allam Khodair a 38s916
18º - Zezinho Muggiati a 41s210
19º - Dudu Barrichello a 46s444
20º - Cacá Bueno a 48s605
21º - Átila Abreu a 1min02s477
22º - Nelson Piquet Jr. a 1min02s813
23º - Rafael Suzuki a 1min09s965
24º - Felipe Baptista a 2 voltas
25º - Daniel Serra a 6 voltas
Volta mais rápida: Rafael Suzuki 1min15s753 (volta 10)
Não completaram
Lucas Kohl a 22 voltas
Gianluca Petecof a 26 voltas
Classificação do campeonato após nove etapas*
1º - Felipe Massa, 696 pontos
2º - Felipe Baptista, 684
3º - Bruno Baptista, 661
4º - Gabriel Casagrande, 656
5º - Ricardo Zonta, 653
*pontuação extraoficial
De Portugal Paulo Torino
domingo, 06 outubro 2024
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