Quando o ACO decidiu que 300 mil pessoas era um público que seria suficiente e máximo para o sucesso das 24 Horas Centenária, não imaginou o que iria acontecer. O público esgotou a bilheteria em poucas horas e o que se viu desde horas antes da largada, foi algo inimaginável.
Uma multidão tomou conta de todos os espaços do circuito e era impossível andar para além do local onde as pessoas já se encontravam. Um hora depois da largada, continuava tudo congestionado: filas intermináveis para os banheiros, restaurantes, tuneis e caminhos de acesso. Adultos e crianças se confundiam em meio a multidão que levava cerca de 30 minutos para andar 200 metros.
Esse foi o cenário até o início da noite, leia-se 23h.
Ás duas da manhã, ainda havia festa, multidão, restaurantes abertos somente com bebidas, porque a maior parte da comida já havia acabado. Nos espaços verdes, muitos optaram por colocar uma rede, um saco de dormir, uma cadeira da Decathlon ou cair sobre a relva e dormir. Por sorte, a chuva que vinha e ia em questão de minutos, somente refrescava o ambiente, mas dava muito trabalho e causava perdas para equipes e pilotos.
No amanhecer, o sol brilhava sobre Le Mans e a multidão tomava conta das ruas e do tramway em direção ao autódromo. As estações mais próximas foram fechadas e não se podia escapar da longa caminhada até os portões de ingresso. A previsão já era de muito tumulto na saída da prova centenária, após às 16h. Uma pequena parte do público optou por sair mais cedo, temendo não chegar a estação central, localizada no centro da cidade, para retornar às suas casas ou a Paris para pegar o trem/avião de volta ao seu país.
Apesar das dificuldades, o evento foi espetacular e a organização extraordinária. Talvez ela apenas não entendesse o quanto as 24 Horas de Le Mans são icónicas para teve o privilégio de viver este momento!
EM ATUALIZAÇÃO...
De Le Mans
10 e 11 de junho
Fotos e Texto: Paulo Torino e Patrícia Weber
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