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Fim de semana

  • corridaonline
  • 9 de jun.
  • 3 min de leitura
Quando olhar muda o sentido

Que diferença existe entre ler e pensar, entre olhar e sentir. Esse final de semana, onde quer que estivéssemos, tivemos a chance (e ainda temos) de refletir sobre algumas coisas significativas vindas do mundo esportivo, tudo transmitido ao vivo na internet e TV.


De Portugal: Paulo Torino

Começamos pelo Velopark, o autódromo dos sonhos, o lugar que nos inspirou e nos fez acreditar numa utopia, no sonho, num mundo imaginário da velocidade repleto de beleza e encanto. Lá, onde a Stock Car inaugurou seu autódromo (2010) a categoria levou seus novos carros para correr a 3ª etapa de 2025 e o que assistimos, 15 anos depois, foi uma triste revelação. Os motores turbo destes carros, que jogam fogo pela descarga, já não esquentam mais o espetáculo e o resultado se fez refletir nas bilheterias, que permaneceram congeladas como o ar de inverno do Rio Grande do Sul.

Uma contradição diante de tanto investimento disponibilizado para pilotos notáveis e que não resulta num espetáculo dignificante para o público que ama o automobilismo. E o motivo é simples. O novo carro não transmite emoção e as corridas da Stock vão se tornando um falso espetáculo esportivo. É como na F1, que vive do mesmo mal, e até o momento, ninguém sabe quando voltará a ser outra vez um show de arrepiar e fazer acelerar os corações de quem assiste suas corridas.


Aqui na Europa, a favorita seleção da Espanha empatou com Portugal no tempo regulamentar e, na prorrogação, não conseguiu vencer. Perdeu a Liga das Nações nos pênaltis, e deixou o estádio em Munique com a medalha de segundo lugar no pescoço. Uma imagem que os torcedores espanhóis não irão esquecer. Foi um “título justo para Portugal, que premia o empenho, a perseverança de um grande jogador (CR7). Um tapa na cara dos preguiçosos que vivem apenas do próprio nome…” escreveu Mauro Cezar Pereira, no UOL.


Também no domingo (8), um notável jogo de tênis, o mais longo da história de Roland Garros, foi vencido por Carlos Alcaraz, que fez uma reviravolta contra o Jannik Sinner, diante de uma plateia que não desviou o olhar do placar inesquecível de 4-6, 6-7(4), 6-4, 7-6(3), 7-6(2), num jogo que durou 5h29 minutos, proporcionando aplausos no show do saibro parisiense.


Por fim, uma leitura da segunda-feira (9), escrita no site da centenária revista norte-americana The New Yorker. Na edição desta semana, a jornalista Sarah Larson escreve sobre o cantor da banda Pulp - Jarvis Cocker está fora da chuva. No artigo ele fala sobre superar seu medo da natureza, os prazeres e perigos da arte e do envelhecimento, e o primeiro álbum novo da banda em vinte e quatro anos.


Este mês, a adorada banda pop britânica Pulp lançará "More", seu primeiro álbum em 24 anos. Jarvis Cocker, fundador, letrista e vocalista da banda, que já se envolveu em inúmeros projetos interessantes desde então — um álbum com sua banda Jarv Is, colaborações com Wes Anderson e Chilly Gonzales, um programa de rádio da BBC, um excelente livro de memórias, " Good Pop Bad Pop " —, mas o novo disco do Pulp parece um retorno significativo, triunfante e humilde ao mesmo tempo. Sua primeira música, "Spike Island", estabelece um tom amigável e autodepreciativo ("Eu existo / Para fazer isso: / Gritando e apontando", canta Cocker) e o resto é cheio de motivos característicos de Cocker - diversão falada meio séria, imagens lúdicas - calorosamente adequadas à vida em 2025. ("Por favor, fique em contato comigo / Nesta sociedade sem contato.") Em "Grown Ups", ele menciona que a vida é sobre a jornada, não o destino, e pergunta: "Mas e se você enjoar / Antes mesmo de sair da estação?" Em outra parte, ele canta: "Em vez de nos ter essa Morte Lenta / Deveríamos estar tendo uma Jam Lenta." No seu melhor, as músicas de Cocker podem parecer um groove compartilhado, com a dança sendo uma resposta tão boa quanto qualquer outra para as alegrias e confusões da vida”, escreve a jornalista, convidando o leitor a conhecer toda essa história, para quem sabe, depois, seguir pensando e mudar seus sentimentos.

Foto: Marcelo Machado de Melo/Stock Car


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