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Patrese, 70


17 abril

Riccardo Patrese está de aniversário — completa hoje, 70 anos e há muito por comemorar. O piloto de Pádua que permaneceu por mais de três décadas na F1 disputou 17 temporadas na Fórmula 1 e a sua carreira é marcada pelo recorde de 256 largadas, uma marca que acabou sendo superada por Barrichello e Hamilton.

Mas não é só isso. Patrese teve o privilégio de pilotar os carros asa e acelerou todos os tipos de motores já utilizados na F1. Acompanhou ainda, várias fases de desenvolvimento até a chegada dos carros eletrônicos, andando sempre em equipes com grandes pilotos e ainda dividiu o box com três campeões mundiais.



 

Patrese iniciou sua carreira no kart, e aos 20 anos (1974) foi campeão mundial da categoria. Dois anos depois, com brilhantes atuações na Fórmula 3, onde conquistou os títulos europeu e italiano, chegou a F1 em 1977, e a estreia aconteceu no GP Mônaco. 


Sem conhecer a pista, classificou o Shadow#35 na 15.ª colocação, deixando para trás, Lafitte, Icks, Fittipaldi, Binder e Keegan, respectivamente. Ainda ficaram fora — Merzario, Hayje, Ertl, Regazzoni, Alex e Scheckter, que não conseguiram o tempo mínimo para alinhar no grid de 20 carros naquele GP. No final, aos 23 anos, ele irá comemorar o 9.º na classificação geral e vai despertando o interesse de muitos chefes de equipe.

Com o apoio de Bernie Ecclestone será contratado pela Arrows (1978) substituindo Gunnar Nilsson, falecido no ano anterior depois de um câncer. A temporada ficará marcada pelo 2º lugar no GP da Suécia e pelo grave acidente que resultará na morte de Ronnie Peterson, no GP da Itália em Monza. Embora as investigações tenham absolvido o piloto, Patrese ficará marcado por esse drama.
 
Sempre sonhando em correr pela Ferrari, Patrese segue na Arrows e no início da década de 80 irá conhecer uma nova F1, muito diferente dos anos 70.  Será no Arrows de 81 que Patrese irá obter sua primeira pole-position, no circuito de Long Beach e ainda naquela temporada chegará em 3.º no GP Brasil e em Ímola.
 
A primeira vitória vai acontecer no 40.º GP de Mônaco de 82, já pilotando um Brabham, onde tinha como companheiro de equipe o campeão Nelson Piquet. Nesta época os motores turbo dos carros de F1 alcançavam a potência de 1200 HP e na corrida de Mônaco acontecerá de tudo.




O ano de 1983 começa com novos regulamentos e Patrese irá viver uma nova segunda era na categoria, onde o efeito-solo é proibido. Neste período Patrese terá uma dupla função, testar os novos componentes do Brabham e ajudar Piquet na batalha para derrotar o favoritismo da equipe Renault e os Ferrari. No final do ano a recompensa - Nelson Piquet conquista o bicampeonato com Prost e Arnoux em segundo e terceiro no campeonato.
 
Protegido por Bernie Ecclestone disputará às duas próximas temporadas na equipe Alfa Romeo, tendo ao seu lado o piloto Eddie Cheever e seguirá disputando várias provas no Mundial de Protótipos com a Lancia, entre os anos de 1981 e 82.
 


Em 1986 acontecerá o retorno para a equipe Brabham, onde irá dividir o box com Elio de Angelis e depois, Derek Warwick. Já no final da temporada, também por indicação de Ecclestone, irá substituir Mansell na Williams, depois do grave acidente do piloto inglês em Suzuka.

Contratado na equipe inglesa, achava finalmente que poderia sonhar com o título, mas a Williams perdeu os motores Honda no início da temporada, que vão para McLaren e a equipe acaba correndo com os Judd V8 e os mesmos resultados dos anos anteriores não se repetem.
 


Chega aos anos 90 e ainda na Williams irá viver uma terceira fase na Fórmula 1, guiando o revolucionário carro que irá lhe proporcionar o vice-campeonato em 92. Patrese irá encerrar a carreira no ano seguinte, guinado na Benetton, tendo como companheiro de equipe Michael Schumacher. Seu último GP será na Austrália, mas Patrese ainda não havia aposentado o capacete.


 
Em 1997 ele voltará a competir nas 24 horas de Mans (Nissan) e ainda correrá mais duas temporadas no GP Masters em 2005 e 2006.


 

ESTATÍSTICAS:

 

F1 e companheiros de equipe

1977 Shadow - Tom Pryce (1 ponto, 20º campeonato)

1978 Arrows - Rolf Stommelen (11 pontos, 12º)

1979/80/81 Arrows - Jochen Mass (79 - 2 pontos, 20º - 80 -  7 pontos, 9º - 81 – 10 pontos, 11º)

1982/83 Brabham – Nelson Piquet (82 – 21 pontos, 10º - 83 – 13 pontos, 9º)

1984/85 Alfa Romeo - Eddie Cheever (84 – 8 pontos, 13º - 85 – 0)

1986 Brabham - Elio de Angelis, Derek Warwick (2 pontos, 17º)

1987 Williams - Nigel Mansell (6 pontos, 13º)

1988 – Williams - Martin Brundle (8 pontos, 11º)

1989 -  Williams -  Thierry Boutsen (40 pontos, 3º)

1990 -  Williams -  Thierry Boutsen (23 pontos, 7º)

1991 – Williams - Nigel Mansell (53 pontos, 3º)

1992 - Williams - Nigel Mansell (56 pontos, vice-campeão)

1993 – Benetton - Michael Schumacher ( 20 pontos, 5º)




 

Pesquisa: Paulo Torino

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