Classic

" TODOS AMAM O CITROËN "

No dia da segunda vitória do TOYOTA#768, vamos conhecer a dupla Barbora Holicka e Lucie Engova, elas estão embarcadas em um dos carros mais conhecidos da história do Dakar. A dupla checa decidiu estrear-se no Dakar Classic e está conduzindo um Citroën 2CV que decoraram num caleidoscópio de cores fluorescentes com a ajuda do artista pop checo Josef Rataj.

Essa história está contada no site do Dakar...

 

Barbora corre no campeonato tcheco de rali há mais de uma década, mas é nova no Dakar e admite que nunca esperou alinhar no deserto Saudita. Considerando que ela não tem experiência familiar no automobilismo, sua navegadora Lucie Engova vem de uma família de corrida. Seu pai, Bretislav Enge, teve uma longa carreira em carros de turismo, correndo pela equipe de fábrica da BMW ao longo da década de 1980, e mais tarde se juntou a Lucie para competir no campeonato tcheco de rali nos carros históricos. Enquanto isso, seu irmão Tomas Enge - que completou o Dakar 2021 em um SSV - é um dos maiores nomes do automobilismo tcheco e o único piloto de seu país a correr na Fórmula 1. Ele foi piloto da Prost F1 em 2001, e correu três GPs na F1. Infelizmente, a chefe da equipe tcheca Samurais, Olga Rouckova, foi forçada a se retirar do Dakar Classic há algumas semanas porque seu piloto, Ondrej Martinec, teve que passar por uma cirurgia cardíaca. Barbora e Lucie estarão, portanto, representando a equipe em seu 'Pato' - o apelido tcheco para o icônico 2CV. Barbora sempre correu em um Citroën, e depois de flertar com a possibilidade de entrar em um ZX Rallye-Raid, decidiu homenagear os 75 anos de produção do 2CV preparando um - e com algum estilo - para o Dakar Classic. A dupla tcheca certamente trará um toque de cor para esta 46ª edição, o que pode abrir caminho para uma aparição no Dakar principal.

 

 

B.H.: "Faço automobilismo há mais de 10 anos, pilotando no campeonato tcheco de rali. Minha família não gosta nada de automobilismo, mas eu sempre quis ir às corridas e ver os carros. Quando tive a oportunidade, coloquei tudo nela – sem férias, sem compras! Tenho experiência em rali tradicional e também faço competições de subida em montanha, mas o cross-country é novo para mim, e o Dakar foi algo que nunca imaginei. Eu conhecia pessoas que trabalhavam lá como mecânicos, e eu costumava brincar com elas: 'Me leve com você!' Depois conheci a Olga, porque organizo uma versão mais pequena do Dakar Classic lá em casa. Perguntei-lhe: 'Como é possível ir ao Dakar?' Ela me contou como tudo funciona, porque eu não sabia de nada... 'Tem chuveiro ou você fica 20 dias no deserto sem lavar?!' Vim ao Dakar 2023 por dois dias para ver ela e a equipe, e já estava planejando como ir. Olga sugeriu começar pelo Dakar Classic, porque é a maneira mais fácil de descobrir o rali. Fiquei tentado pelo ZX Rallye-Raid, mas é impossível pagar por ele! Aí um amigo falou: 'Você tem que ir com o 2CV, vai ser a melhor diversão'. Então encontrei um 2CV e um mecânico especialista, o Tomas. Poderia ter sido mais fácil e barato ir com outro carro, mas acho que foi a jogada certa, porque todo mundo ama o projeto. Há uma comunidade incrível em torno deste carro. O apelido para um 2CV é um 'pato' porque ele se move como um pato! Então esse é o nosso projeto Duckar! E o carro é de 1979, que foi o ano do primeiro Dakar."

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Fonte: DAKAR