Do passado

RESTOU SÓ NOSTALGIA

Ultimamente, as corridas de F1 e outros campeonatos nacionais proporcionam uma nostalgia que não encontramos referência nos últimos 40 anos.

Essa semana, a mais relevante revista de automobilismo mundial, a centenária MotorSport Magazine, publicada na Inglaterra, trás uma reportagem sobre um icônico carro de Turismo, o Ford Sierra Cosworth RS500, um bólido que superava os 300 Km/h e encantava os fãs nos autódromos de todo o mundo.

“Na configuração padrão, o RS500 desenvolvia 224 cv, mas com turbos maiores e um mapeamento preciso permitiram que as equipes de corrida gerassem 485 cv de fábrica e, eventualmente, confiáveis 525 cv, quando o carro pilotado Steve Soper conseguia ultrapassar 290 km/h nas longas retas de Fuji e Bathurst. O RS500 não era apenas um ótimo carro de corrida, mas também um enorme sucesso, vencendo impressionantes 84,6% das corridas em que participou”, escrevem.

Quando lemos reportagens como esta, pensamos nos anos 80 e 90 do Brasil, e lembramos dos campeonatos Sul-americano de Turismo, da Fórmula 2, Fórmula V, Super Vê, Fórmula Ford, F-3, Stock Car, dos brasileiros de Marcas e Fiat, das provas regionais que existiram no Rio Grande do Sul, do automobilismo Paulista… Ah! Quantas corridas emocionantes, carros emblemáticos, pilotos espetaculares, fins de semana de autódromos cheios de opções.

- Onde foi parar tudo isso?

E não é por falta de pilotos. Nesta segunda-feira (17), iniciou a “60ª edição do Campeonato Brasileiro de Kart, competição organizada pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), que conta com 650 inscritos, um recorde mundial num evento nacional de kart e que supera em mais de 100 a marca anterior (545 inscrições no Brasileiro de Kart de 2021 também no Beto Carrero)”, escreve o site KartMotor.

E pensamos novamente: – Que carros esses pilotos irão pilotar no futuro?

PS: Quando uma Empresa brasileira vai produzir uma Fórmula com motor de moto 600 e1000 cc (4 cil. em linha - 12 mil rpm), como existe na Austrália e EUA? Um carro revolucionário, sem o horrendo Halo, com uma alternativa segura para os pilotos, que convença a FIA para homologação em todo o mundo.

Formula 1000

F-Ford de Djalma Fogaça - Uma inspiração para a substituição do Halo. Por exemplo, avançando a antiga proteção sobre a cabeça do piloto e permitir uma visão lateral, entre outras soluções.

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De Portugal: Paulo Torino

Foto: Reprodução MotorSport Magazine