Gênios da F1
- corridaonline
- 26 de set.
- 3 min de leitura
OS NOMES QUE ESTÃO POR TRÁS DOS CAMPEÕES
Considerando que ADRIAN NEWEY, o atual projetista da equipe Aston Martin, será o último dos gênios modernos capazes de revolucionar a categoria, a F1 pode estar caminhando para o encerramento de um ciclo iniciado por COLIN CHAPMAN, já em 2026.
por: Paulo Torino
O engenheiro britânico nascido em 1928, foi sem dúvida, o principal nome do pioneirismo na F1. O criador do chassi monocoque, construído sob uma estrutura única, introduziu diversas outras inovações: aerofólios e assoalhos que produziam o chamado "efeito solo”, entre muitas outras inovações.
Tudo começou com o Lotus 25, que foi apresentado no GP da Holanda de 1962, em Zandvoort, um carro que levaria Chapman para as 500 Milhas de Indianápolis já no ano seguinte.
Será com o Lotus 29, com motor Ford, que Jim Clark correrá em Indianápolis, para terminar em segundo. Aquele carro permanecerá durante muitas décadas como o design da Fórmula padrão das corridas, o chassi de estrutura tubular.
Embora o material tenha mudado de folha de alumínio para fibra de carbono, a técnica padrão de construção dos carros de corrida, segue, até hoje, os conceitos introduzidos por Chapman.
Mas, é nos carros Lotus, produzidos a partir de 78 e seus sucessivos modelos, que a categoria irá vivenciar períodos de verdadeira revolução. Como em 1981, quando Chapman leva para a pista um Fórmula 1 com chassi duplo, o Lotus 88, aquele que será o último a usar o " efeito solo ", posteriormente proibido pela FIA.
Colin Chapman desaparecerá do mundo automobilístico no dia 16 de dezembro de 1982, vítima de um ataque cardíaco fatal em sua casa em Norwich, aos 54 anos. A sua morte até hoje é cercada de mistério.

Depois dele, a década de 80 ficará marcada pela genialidade JOHN BARNARD, o engenheiro que trabalhava nos EUA, quando lançou o Chaparral 2K, conceito que o levaria para a Indy e depois, a Fórmula 1.
Será na McLaren, que Barnard irá projetar um de seus carros mais famosos: o MP4/1, primeiro chassi de fibra de carbono da categoria, e a série MP4/2, que levou os títulos de 84 e 85. Depois, John Barnard irá se transferir para a Ferrari em 87, quando, dois anos depois, introduzirá o uso do câmbio borboleta (semiautomático) com acionamento atrás do volante. Passará ainda, pela Benetton, com vitórias entre 90 e 92, já ao lado de RORY BYRNE, outro famoso engenheiro que fará escola na Ferrari, com ROSS BRAWN (na foto ao lado de Luca di Montezemolo), dupla que consagraria o piloto Michael Schumacher.

Atualmente Barnard trabalha em projetos como diretor técnico no MOTO GP.
Finalmente, um outro nome unânime entre os gênios da F1 é GORDON MURRAY, criador de obras-primas nas equipes Brabham e McLaren.
Murray será o responsável pelo projeto revolucionário Brabham BT46B, (o “fan car”), e ainda os modelos BT49C e o BT52 – que renderam ao piloto Nelson Piquet seus primeiros títulos.
Na equipe McLaren, será o responsável pelo projeto MP4-4, carro que venceu 15 de 16 corridas com Ayrton Senna e Alain Prost, em 1988.
Atualmente, Murray é fabricante de carros esportivos exclusivos.
Agora, todos esperam o novo projeto de Adrian Newey, que os 67 anos, poderá decretar o fim de um ciclo dos geniais criadores na F1. Ou, quem sabe, em 2026, o britânico possa brindar o mundo com um novo carro inspirando novas gerações de engenheiros e projetistas para revolucionar o futuro da F1.
Comentários