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Um autógrafo valioso

- Aquele foi um final de semana inesquecível para o Velopark e para esse jornalista...


por Paulo Torino


Com o autódromo recém-inaugurado, imaginei que seria uma ótima iniciativa para a promoção do circuito trazer os Clássicos para uma corrida especial. Reunir os carros paulistas e gaúchos numa mesma competição.


Eu era o assessor de imprensa do parque e antes de levar a ideia ao Jhonny Bonilla, o diretor, conversei com o Paulo Trevisan sobre o projeto. O proprietário do Museu do Automobilismo de Passo Fundo, na época, pilotava um Passat na Copa Classic RS e prontamente se colocou disponível para colaborar. Foi a partir deste evento que o Trevisan fez inúmeras parcerias com o Velopark e colaborou imensamente com o espaço dedicado à memória do automobilismo brasileiro. Mensalmente, ele enviava um de seus carros do museu e as máquinas ficavam em exposição em frente ao bar, entre os dois kartódromos.


- E eu polia aqueles carros todos os dias, com maior satisfação.


Mas havia uma outra intenção no projeto. Eu era leitor diário do site GRANDE PRÊMIO e, em especial, dos textos do jornalista Flavio Gomes. Lia tudo (e ainda leio) o que ele escreve, desde os tempos da Folha de São Paulo, quando cobria a Fórmula 1.

Nesta época, o Flavio corria no campeonato paulista de Clássicos, com um DKW e imaginei que ele poderia convencer os pilotos em participar de uma prova no Velopark e é claro, eu teria a oportunidade de conhece-lo pessoalmente.


Era um plano ousado, que contemplava ainda inúmeras outras coisas; transporte dos carros, hospedagem ao piloto-jornalista, uma recepção aos pilotos Jurássicos, algo como nunca haviam visto em nenhum outro autódromo... Tudo estava na minha imaginação: um box transformado em sala VIP, decorado com os quadros do artista Roberto Muccillo, um pouco de serragem de madeira no chão, para compor um ambiente ´Vintage´, poltronas, comida, bebidas e Rock and Roll, (tocando baixinho), enquanto os pilotos e convidados iam conversavam sobre o passado, os treinos, a sessão de classificação e o pós-corrida, imaginava...

Falei com o Paulo McCoy e pedi o contato do Flavio. Escrevi e ele me respondeu imediatamente. Foi a partir daquele momento que me enchi de entusiasmo. Falei com o Jhonny e ele achou tudo espetacular. - ´Toca´ Torino, me disse e manda fazer aquela faixa para colocar na entrada das tendas.


Foi um sucesso! No final, ganhei uma camiseta autografada.

Foto: Dalton Yamashita


Conto essa história para dizer que sim, é possível transformar uma ideia em realidade, um sonho em verdade.


A camiseta foi trazida do Brasil para a Europa em 2017, junto com aquilo que conseguimos colocar de uma vida (mais de 50 anos) em duas malas. Foi tudo que carregamos.


Hoje, quando olho para ela, faço uma viagem no tempo, retorno ao lugar e as histórias do mundo das corridas, volto ao Velopark, em especial, revivo os dois dias que bastaram para conhecemos o que é a felicidade.



 

Porto, 18 de julho 2023




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