Cine Montmeló
Para começar, temos que voltar ao passado. A Fórmula 1 que assistimos hoje, nasceu em 1950, no dia 13 de maio, em Silverstone, Inglaterra. E passados 74 anos, é como se nunca tivéssemos saído daquele dia, daquele campo de aviação militar na Inglaterra.
Por mais que o tempo passe, as corridas de Fórmula 1 seguem como as sessões de cinema, num filme que nunca termina, e que nós (espectadores) nunca queremos que acabe.
Sim, a Fórmula 1 é cinematográfica. Suas realizações são transmitidas através de gravações de imagens para o mundo, e das pistas, com câmeras em todos os lugares, são captados os fotogramas que nos transmitem a emoção e a arte de pilotar.
Depois de todos esses anos, ainda não sabemos o nome do diretor de fotografia, nem dos operadores de câmera, conhecemos apenas os protagonistas do filme – os PILOTOS e seus carros. Todo o resto é figuração, um complemento de um divertimento esportivo que nasceu no Pós-guerra, uma excentricidade de gente rica que nos comove e revela um mundo novo, uma vida que ´gostaríamos de viver´ todos os finais de semana, durante um ano inteiro.
Esse mundo também está retratado em muitos livros, como PILOTOS Lendas da Fórmula 1, o registro definitivo dos fotógrafos, Bernard e Paul-Henri Cahier, com os textos de Xavier Chimits, uma obra prima que não devemos deixar de olhar.
Seja ao vivo, na TV ou nas folhas de papel, as sessões nos autódromos que esses homens e mulheres proporcionam são capítulos imortais: OS ESTILISTAS, OS TENAZES, OS ROMÂNTICOS, OS CIENTÍFICOS, OS ACROBATAS, OS FORTES.
Hoje, em Montmeló, eles voltaram a encenar mais um filme desta obra de arte que conhecemos como Fórmula 1.
De Portugal: Paulo Torino
22 junho 2024
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